Ideb melhora e supera meta quando o município investe em formação continuada e mobilização de professores

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Dados do mais importante indicador da educação básica revela crescimento em cidades onde houve trabalho de formação continuada de professores e acompanhamento das práticas didáticas

A observação dos resultados mais recentes do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB), publicados em setembro de 2016, ressalta a eficiência do trabalho de formação continuada de professores e do acompanhamento das práticas didáticas para a elevação do nível da qualidade do ensino medido por esse indicador. Um recorte realizado pelo Instituto Chapada de Educação e Pesquisa (ICEP) com 29 cidades na Bahia, Pernambuco e Alagoas atesta essa visão: Dos 29 municípios, todos tiveram crescimento da nota do Ideb entre 2013 e 2015 e 27 bateram a meta.
Os resultados analisados são referentes aos anos iniciais do Ensino Fundamental, cerne da atividade do ICEP. As redes de ensino compreendidas no levantamento recebem ou já receberam formação do Icep, um trabalho que considera a sala de aula como lugar de confluência de saberes e o professor como um mediador que deve estar preparado para dar sentido às informações que ali se apresentam.
Alguns municípios tiveram crescimento surpreendente, como Ibitiara (BA), que saltou de 4,0 em 2013 para 6,5 em 2015 – a nota mais alta de uma rede municipal em toda na Bahia e que já supera a meta estabelecida pelo MEC para 2021, de 6,1. Novo Horizonte, com 6,3, e Piatã, com 6,1, ambos na Bahia, também obtiveram um avanço considerável, saindo de 5,7 e 5,5, respectivamente. A previsão para as duas em 2015 era de 4,8.
Em Pernambuco, onde o ICEP atua em parceria com o Via Escola, o município de Cabo de Santo Agostinho estava com 3,9 em 2013, abaixo da meta estabelecida de 4,1. O novo resultado, de 4,6, já o coloca à frente do pretendido para 2015, que era 4,4. Olindina, no Agreste baiano, avançou de 3,4 para 4,3, ante os 3,7 projetados. A tabela com todos os resultados do recorte segue anexa.
Os dados são ainda mais significativos quando se considera a realidade desses municípios, que contam com parcela considerável da população em zonas rurais. Para uma cidade como Novo Horizonte, a 580 km de Salvador, sem escolas particulares de ensino fundamental e com pouco mais de 10,6 mil habitantes (IBGE 2010), obter o segundo maior IDEB municipal da Bahia é uma grande conquista. Sua nota é equiparável à de capitais como Curitiba (6,3) e superior a Belo Horizonte e Florianópolis (ambas com 6,1), São Paulo (5,8) e Rio de Janeiro (5,6).

Informações:
Bruno Machado
Analista de Comunicação – ICEP
(71) 3052-0901/ 9.8812-8868 | brunomachado@institutochapada.org.br